Preguiça? Portugueses Não São Dos Piores, Mas Ficam Atrás Dos EUA

10.000. Este é o número de passos que deveríamos dar todos os dias para termos mais saúde e energia, uma meta traçada nos anos 60 no Japão e que a ciência adoptou como a mais aconselhável para um adulto… mas que nem sempre é cumprida.
Para prová-lo, a Universidade de Stanford (nos Estados Unidos) decidiu usar a informação recolhida por uma aplicação móvel sobre os passos diários dos utilizadores, tendo, para isso, compilado dados de cerca de 717 mil pessoas em 111 países. O período de análise foi de 95 dias e os cientistas concluíram que a média de passos dada por dia é de 4.961.
Publicada na revista Nature – e citada pela BBC – a investigação dá conta de que a inactividade pode ser um dos factores mais impactantes para os actuais níveis de obesidade, que tendem a crescer de dia para dia, afectando cada vez mais crianças e jovens. Contudo, o estudo provou que quanta maior é a desigualdade num país (isto é, a diferença entre os que caminham muito e os que caminham pouco), maior é a probabilidade da população sofrer à boleia de doenças relacionadas com o estilo de vida (e, neste caso, com o sedentarismo), sendo este risco mais intenso quando a diferença diz respeito ao género, ficando as mulheres mais vulneráveis.
Olhando agora para os dados concretos, que foram publicados no site Activity Inequality, é Hong Kong a campeã dos passos e aquela que menos desigualdade apresenta. Segue-se a China (que foi analisada sem Hong Kong) e depois a Suécia.
Apesar de ter uma costela alentejana, Portugal ficou na 27ª posição, tendo à sua frente países como a Noruega (8ª posição), Espanha (11ª), Chile (15ª), França (20ª), Brasil (22ª) e Itália (26ª).
A média de passos dados pelos portugueses é de 4,744, diz o Daily Mail. Nos Estados Unidos – um dos países com maior taxa de obesidade – a média diária de passos ronda os 4,774. Ambos ficam aquém da média recomendada e da média em todo o mundo.
A Arábia Saudita ficou na 46ª e última posição, lado a lado com a Austrália e o Canadá, que completam o top 3 dos países mais preguiçosos e onde existe uma maior discrepância a nível de actividade física.