Aprendam A Identificar Se O Vosso Cão Ou Gato Sofre Do Coração
Além da propensão de cada raça, com o avanço da idade, os problemas cardíacos em cães e gatos tendem a aumentar. Por isso, o check-up de seis em seis meses é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce. “Todas as doenças podem ser controladas com medicação, retardando a sua progressão e proporcionando assim bem-estar aos animais de estimação”, explica a veterinária especialista em cardiologia da clínica Petz, a médica Michelle Caroline Claviço.
A cardiopatia mais comum em cães refer-se às endocardioses, que atingem as válvulas do coração, a mitral e a tricúspide, com a idade avançada e predisposição da raça. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de porte pequeno, como o poodle, teckel e cavalier. Já raças como cocker, boxer e terra nova são mais propensas à cardiomiopatia dilatada, caracterizada pela dilatação do ventrículo por uma alteração do músculo cardíaco. Nos gatos, a mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, causada também por uma alteração do músculo cardíaco, sendo que a hereditariedade é o fator mais comum.
Uma outra patologia a ter em atenção é a dirofilariose, provocada por um verme que se aloja no coração dos animais de estimação, transmitida por mosquitos.
Os principais sintomas das cardiopatias são a intolerância a qualquer tipo de exercício, tosse principalmente no período noturno, cansaço fácil, apatia, prostração, desconforto em algumas posições, cianose (coloração arroxeada da língua) e desmaios em alguns casos.
“Quando auscultamos os bichos, podemos identificar alterações no ritmo dos batimentos (arritmias) e mudanças nos sons do pulmão (crepitação)”, explica Michelle. Para confirmar o diagnóstico são realizados exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio X de tórax. “O tratamento varia da doença, do estagio e da sintomatologia do animal. Como cada um tem a sua particularidade, às vezes, é necessário utilizar um medicamento diferente para cada bichinho”.
Oito dicas para prevenir e cuidar do coração dos cães e dos gatos:
1 – Realizar check-ups de seis em seis meses;
2 – Ter uma alimentação equilibrada com ração super premium;
3 – Evitar a obesidade, que é um dos fatores de risco;
4 – Manter a saúde oral, com cuidados e escovação frequente, porque as bactérias estão relacionadas às cardiopatias;
5 – No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso mensal de vermífugos, há agora uma vacina que protege os animais de estimação com uma dose anual;
6 – Enriquecer o ambiente onde os animais vivem com brinquedos que estimulem a atividade física;
7 – Passear com frequência;
8 – Conhecer a predisposição que a raça do animal apresenta para vir a sofrer de determinados problemas de saúde.