Lars Ulrich Defendeu A Sonoridade Do Álbum “…And Justice For All” Dos Metallica
O baterista dos Metallica saiu em defesa da sonoridade do álbum “…And Justice For All”. Segundo ele, o mesmo foi “o resultado de escolhas instintivas que foram feitas durante a produção do disco, na intenção de fazê-lo funcionar.”
Ao mesmo tempo em que “…And Justice For All” é considerado um dos grandes clássicos do Metallica, o álbum tem sido criticado desde o dia do seu lançamento, em 1988, por conta da ausência do baixo nas suas faixas. A performance de Jason Newsted ficou praticamente perdida na mistura e muitos fãs acreditam que a culpa disso é de Ulrich – que tinha ideias muito específicas para o som da sua bateria.
Para promover a reedição do disco, que completa trinta anos em 2018, os quatro membros do Metallica deram uma entrevista de aproximadamente 90 minutos a David Fricke, editor da revista Rolling Stone, que foi responsável pela primeira reportagem do grupo na revista, em 1989.
Sobre a produção de “…And Justice For All”, Ulrich disse:
“É tudo sobre equilíbrio. Nós encontrámos uma maneira de ter as nossas vozes – talvez primeiramente o James [Hetfield] e eu – nas composições, nas partes, no som. E tudo isso não era necessariamente por conta do resultado final, mas esta foi a maneira que encontrámos para coexistir sem ninguém ter que dar um passo para trás; assim todos estamos juntos e assim seguimos em frente. Foi assim que conseguimos fazer tudo funcionar.”
“Ninguém disse “vamos fazer um álbum que será misturado desta maneira’. Não tínhamos a capacidade de pensar nesse nível. Então, muito disso foi o resultado do de uma tentativa de equilibrar alguns pontos pelo caminho, para tudo funcionar no final.”
“Acho que é importante dizer que o disco não foi planeado desta maneira. Não nos sentámos e decidimos, “daqui a um ano teremos um álbum que soe desta maneira em particular.” Não sei se a palavra “acidental” se aplica, mas é apenas o resultado de escolhas instintivas que foram feitas durante a produção do disco, na intenção de fazê-lo funcionar. “Isto aqui é nosso. Ninguém vai se meter. Ninguém vai tocar nisto. Ninguém vai se envolver. Somos os donos disto’, é assim que me lembro daquele ano,” reiterou.