Bruce Dickinson Afirmou Que O Rock In Rio De 1985 Foi O Melhor Devido A Uma “Atmosfera De Caos”
Bruce Dickinson revelou numa entrevista que o Rock in Rio 1985 foi a melhor edição já feita na história por todo o caos que a envolveu.
“Havia mais gente do que eu tinha visto num só lugar em toda a minha vida. Era uma atmosfera de um pouquinho de caos, talvez não tão organizado quanto a maioria dos festivais, mas isso o tornou melhor porque todo mundo estava tão entusiasmado e tão maluco que as coisas estavam a acontecer. Foi um momento fantástico” .
O vocalista acrescentou: “Foi um show incrível, mas eu estava muito nervoso. Nem consegui dormir depois. Normalmente levo algumas horas para relaxar, mas desta vez estava tão cheio de adrenalina que não passava. A cerveja não teve efeito. Lembro-me de ficar acordado a noite toda, a ver o amanhecer e ainda estar totalmente cheio de energia nervosa. Não podes fazer coisas assim com muita frequência ou podes morrer!”.
“Quando finalmente me acalmei fiquei esgotado. Lembro-me de pensar depois que não poderia ter feito mais, não havia uma única célula no meu corpo que não estivesse exausta. E podem ver isso nas filmagens. Conquistámos um continente inteiro da noite para o dia com aquele concerto. Ter o alcance e o perfil que construímos na América do Sul foi simplesmente extraordinário”.
O nervosismo, porém, não foi a única coisa com que Bruce Dickinson sofreu. Além de problemas técnicos, a apresentação ficou marcada pelo sangue derramado no palco. Durante uma interacção com o público em “Revelations”, o músico cortou o próprio rosto.
A edição de 1985 do Rock in Rio foi um pouco diferente do que de costume, uma vez que foram dez dias de festival e cada artista, com excepção dos Iron Maiden, deu dois concertos. Na época, a banda estava em tourneé a divulgar o álbum Powerslave (1984).