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06 Dezembro 2019

O Olhar De Culpa Do Vosso Cão Não Significa Que Ele Está Arrependido…

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Rasgou uma almofada, espalhou lixo pela casa… enquanto discutem com o vosso melhor amigo até vos pode parecer que o vosso cão vos está a pedir desculpas ou se sente arrependido. Mas, na realidade, o que ele está a sentir durante a repreensão não tem nada a ver com remorso: é pura e simplesmente medo.

É isso que afirma a cientista de cognição canina Alexandra Horowitz, autora dos livros ‘Inside of a Dog: What Dogs See, Smell and Know’ e ‘Being a Dog: Following the Dog Into a World of Smell’.

Segundo Horowitz, nós, seres humanos, tendemos a “humanizar” as emoções dos cães, já que é uma associação que fazemos para tentar compreendêlos. O olhar de culpa é uma dessas concepções.

Em 2009, a cientista realizou um estudo para identificar como humanos os antropomorfizam os seus próprios animais. Ao analisar a reacção dos cães à reprimenda dos donos, Horowitz percebeu que a cara de culpa dos animais estava mais associada à interpretação que os humanos faziam dos animais. O olhar dos cães indicava muito mais medo de sofrer represálias do que um sentimento de remorso.

Então, isso quer dizer que os cães não sabem o que é o arrependimento? Talvez sim, talvez não. Ainda que a resposta seja “sim”, para Horowitz, é improvável pensar que eles tenham uma capacidade de cognição semelhante à nossa.

“Há algumas pesquisas que indicam que alguns animais conseguem planear o futuro e recordar episódios específicos do passados”, informa a cientista ao portal Science Alert. “Com os cachorros, não há muitas evidências ainda. Isso não quer dizer que não são capazes, mas que é muito difícil criar experiências para estudar devidamente o assunto”, complementa.

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Fique tranquilo, é claro que seu cão tem memórias, mas é muito provável que o processo de relembrálas seja bem diferente do nosso.

“Eles não ‘falam’ sobre isso. Será que pensam sobre o assunto quando estão deitados no sofá à espera que chegue a casa? Não sabemos. Adoraríamos saber, mas não sabemos”, conta a cientista.

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