Max Cavalera: “Eu Devia Ter Ficado Com O Nome Sepultura”

Começou  mais um capítulo da novela entre os Sepultura e os irmãos Cavalera.

Max Cavalera e Igor estão em uma tournée onde celebram os 20 anos do disco “Roots” a tocar as músicas do álbum.

No disco, a banda juntou seu heavy metal com ritmos tipicamente brasileiros e consolidou-se como uma das maiores do planeta, mas também acabou por lançar o último disco com Max.

Após questões internas, o vocalista e guitarrista demitiu-se dos Sepultura e ao que tudo indica, duas décadas depois, ele  arrepende-se da decisão.

Em entrevista para a Metal Insider, Max falou sobre a situação, disse que essa nova tournée com o seu irmão é como “um final feliz” após as dores do passado e deixou bem claro o que pensa a respeito dos ex-colegas de banda, o baixista Paulo Jr. e o guitarrista Andreas Kisser:

“Bem, olhando para trás agora, foi um período realmente difícil da minha vida, muito complicado, porque eu nunca achei que deixaria a banda. No primeiro mês eu nem queria tocar, eu dizia ‘Já chega”. Eu só queria ficar bêbado e não me importar com nada.

“A banda era meu o meu bebé. Agora passado todo este tempo penso que o Iggor e eu deviamos ter despedido aqueles dois palermas e tinhamos ficado com o nome da banda. Porque é que nós não fizemos isso, eu não sei. Na época não tivemos essa visão, então eu me despedi-me da banda.

Vale a pena lembrar que Igor não deixou a banda com Max; o baterista só saiu da banda em 2006, depois de gravar quatro discos com a nova formação.

Max ainda falou sobre como o projecto que fundou após sua saída, os Soulfly, tiveram elementos parecidos com Roots porque o disco tinha nascido das suas ideias:

É por isso que eu penso que essa tournée é especial, porque eu posso voltar ao período de um álbum onde eu me envolvi muito com as ideias,  então o “Roots” está muito próximo do meu coração. Dar estes conceros 20 anos depois com o Igor é maravilhoso, é o melhor que saiu de toda esta história. É um final feliz, mesmo passado por tantas coisas difíceis para chegar aqui”.