Ícone do Rock explica por que “Back in Black” é o melhor disco dos AC/DC
Em entrevista para a Loudersound, Joe Elliott, vocalista e fundador dos Def Leppard, revelou qual é o seu disco preferido dos AC/DC e por que o álbum representa o que há de melhor no repertório da banda australiana na sua opinião.
Para Elliott, o trabalho de estúdio que pode ser considerado a obra-prima de Angus Young e companhia é Back in Black, de 1980. Citando Brian Johnson, que na época substituía o saudoso Bon Scott na voz, e o produtor Robert “Mutt” Lange, que trabalhou tanto com os Def Leppard como com os AC/DC, Joe disse (via Loudersound):
“Brian [Johnson] foi realmente pressionado por Mutt Lange [produtor de Back In Black e mais tarde dos Def Leppard]. Conheci Brian bem ao longo dos anos e, durante alguns uísques, ele e eu trocamos histórias sobre como trabalhar com Mutt. Sabe: ‘Como foi para ti, querido?’ E eu conversei com o Mutt sobre isso também. Então, eu sei o quanto eles trabalharam em ‘Back in Black’. Não apenas Brian, toda a banda. Mutt levava todos eles ao limite da sua capacidade. E é por isso que é um álbum tão especial.”
Na sequência, Elliott fez uma comparação entre Back in Black e Highway to Hell (1979), último disco dos AC/DC com Scott na banda e cuja tourneé contou justamente com a abertura dos Def Leppard:
“Honestamente, se Bon Scott não tivesse morrido depois de ‘Highway to Hell’, não tenho certeza se Mutt teria feito ‘Back in Black’. Ele colocou os AC/DC numa situação difícil em ‘Highway to Hell’, assim como colocou os Leppard em uma situação difícil mais tarde. E, então, Bon morreu, então eles tiveram que voltar para Mutt. Eles precisavam dele para guiá-los através daquelas águas turvas.
Não estou dizendo que eles estavam desesperados, mas como substituir Bon Scott? Mutt estava lá para as audições, a coisa toda. Então, se tornou um time de verdade, assim como ele era conosco. Quando Brian chegou, a primeira coisa que ele teve que fazer foi superar a comparação com Bon. Todo fã do AC/DC colocaria ‘Back in Black’ e diria: ‘Ok, mostre-me o que você tem. Impressione-me.’ Brian teve que ser forte o suficiente para sobreviver a todo aquele escrutínio. Ele tinha que estar confiante o suficiente para conseguir. E ele o fez, em grande estilo.”