Exoplaneta poderá ser alvo de estudo na procura de vida extraterrestre
A Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), nos Estados Unidos, anunciou hoje a descoberta de um exoplaneta do tipo “Super-Terra”, que poderá ser alvo de estudo na procura de vida extraterrestre.
“Esta descoberta representa um dos melhores candidatos na pesquisa pela assinatura atmosférica de vida fora da Terra nos próximos cinco a dez anos”, afirmou o professor de astronomia da Penn State, Suvrath Mahadevan, citado em comunicado da universidade sobre a descoberta.
A descoberta do “GJ 251 c”, situado a menos de 20 anos-luz da Terra e na chamada “zona habitável” [região onde a temperatura permite a existência de água líquida] em relação à estrela que orbita, é o resultado de duas décadas de dados recolhidos por vários telescópios em todo o mundo, nomeadamente o “Habitable-Zone Planet Finder” (HPF), um espetrógrafo astronómico de alta precisão de infravermelhos, situado no Texas.
“Chamámos-lhe ‘Habitable-Zone Planet Finder’ porque estamos à procura de mundos que estejam na distância certa das suas estrelas e onde a água liquida possa existir na sua superfície, o que tem sido o nosso objetivo central da pesquisa”, explicou Suvrath Mahadevan.
Ao combinarem os dados sobre um outro planeta já conhecido na órbita da mesma estrela, o “GJ 251 b”, com os novos dados do HPF os investigadores identificaram um segundo sinal que indicou a presença de outro planeta no sistema.
A confirmação do sinal foi feita através do espetrómetro ‘Neid’, um instrumento de alta precisão projetado para detetar exoplanetas, situado no Arizona.
A nova descoberta “abre o caminho para futuros observatórios procurarem indícios de vida além do nosso sistema solar”, afirmou o professor de astronomia e astrofísica e diretor de pesquisa do Instituto de Ciências Computacionais e de Dados da Penn State, Eric Ford, citado no comunicado.
Um dos principais desafios enfrentados pelos investigadores foi distinguir o sinal planetário da própria atividade da sua estrela, que pode imitar o movimento periódico de um planeta, acabando por criar a falsa impressão da sua existência.