Espermatozóides “Velhos” Produzem Bebés Mais Saudáveis
Investigadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, apuraram que espermatozóides que vivem por mais tempo produzem descentes mais saudáveis.
“No momento da ejaculação o esperma varia não só no tamanho como na performance, assim como no material genético que lhe é característico”.
“Até ao momento presumia-se que não importava qual dos espermatozóides fertilizava o óvulo, desde que o fertilizasse…”, explica a médica.
“Mas apurámos que existem de facto diferenças maciças entre o esperma e o modo como afectam os bebés”.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores realizam um tratamento de FIV colectando gâmetas de peixes-zebra machos e fêmeas.
De seguida separaram o material ejaculado pelos machos em duas metades – uma das quais havia sido seleccionada como contendo espermatozóides de vida curta, e uma outra com esperma de longa duração.
Os espermatozóides foram depois usados para fertilizarem os óvulos, e os investigadores aguardaram que os descendentes crescessem até à idade adulta.
Immler afirmou: “Descobrimos que quando seleccionámos o esperma com maior tempo de vida ejaculado pelos peixes-zebra, o resultado manifestou-se em bebés mais saudáveis, comparativamente aos seus irmãos gerados através de esperma de curta duração”.
“Mais especificamente, os descendentes do esperma com maior longevidade permaneceram mais saudáveis durante toda a vida e envelheceram a um menor ritmo”.
“Trata-se de um resultado fascinante e surpreendente, que sugere que é sim importante entender como a selecção de espermatozóides pode contribuir para a aptidão e qualidade das gerações futuras”.
A equipa de cientistas planeia agora identificar quais são os genes exactos responsáveis por estes resultados.